A situação política dos Estados Unidos da América está sendo bem complicada. Depois de uma eleição presidencial bem violenta, Donald Trump foi eleito presidente do Estados Unidos. O presidente é um dos mais controversos do povo americano, já que algumas medidas que ele pretende tomar afetarão e muito o povo norte-americano e a quem estiver dentro do território estadunidense. E algumas delas irão afetar os jogadores estrangeiros de origem muçulmana na NBA.
Com o objetivo de diminuir supostas ameças de ataques terrorista em solo americano, os jogadores que tiverem origem de países como o Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Yemen assustam com a probabilidade de não poderem atuar na liga de basquete norte-americana. Atualmente, a liga possui 113 jogadores de 41 países diferentes, mas somente os sudanenses Luol Deng (Los Angeles Lakers) e Thon Maker (Milwaukee Bucks) tem origem dos países alvos de Trump, mas não tem nacionalidade do Sudão, já que Luol Deng tem nacionalidade britânica desde 2006 e Thon Maker nacionalidade australiana desde 2002 (ambos reconhecidos pela NBA com a nacionalidade atual).
De acordo com Adrian Wojnarowski, o porta voz da NBA, Mike Bass, se mostrou preocupado com a liga e pediu explicações ao governo. "A NBA é uma liga global, e nós estamos orgulhosos de atrair os melhores jogadores do mundo todo". Rondae Hollis-Jefferson, do Brooklyn Nets, nasceu nos Estados Unidos e muçulmano, mostrando um descontentamento com a ação tomada pelo então presidente. "Isso é meio difícil. Isso é meio tocante. Eu sinto que isso deve definitivamente ser tratado de forma diferente, eu sinto que mais pessoas devem falar e agir sobre isso", afirmou o ala após a derrota para o Minnesota Timberwolves no último sábado.
Outro jogador que mostrou descontentamento é Enes Kanter, do Oklahoma City Thunder. O pivô turco também é muçulmano, e criticou o veto de Trump em seu perfil do twitter. "Eu ainda não estou acreditando no banimento de muçulmanos. Nenhum ser humano deveria ser descriminado por sua raça, religião ou etnia". Além deles, o técnico Steve Kerr, do Golden State Warriors, afirmou que "Estamos indo contra os princípios do nosso país, criando medo. Esse é o jeito errado de fazer isso", enquanto Gregg Popovich, do San Antonio Spurs, concordou com o comentário do técnico do Warriors. "Isso é assustador".
A NBA desenvolve programas como o NBA sem fronteiras que tem ações por todo o mundo, inclusive no Sudão.