Jogadores com salários altos que não vingaram

O mês de julho é conhecido por jogadores sem contratos terem a possibilidade de negociar um novo contrato com outras equipes. No ano passado, essa fase foi peculiar devido ao aumento do teto salarial de US$ 70 milhões para US$ 94 milhões, dando uma nova realidade à liga por conta dos contratos máximos serem maiores e dos demais jogadores das equipes. Porém, alguns jogadores acabam tendo um salário gigantesco e acabam não rendendo o esperado com o seu salário. Mas quais jogadores podem servir de exemplo para mostrar o erro das franquias de gastarem muito dinheiro na hora errada.
Veja alguns jogadores que não conseguiram vingar nas equipes em que tiveram grandes contratos assinados:

- Timofey Mozgov


A lista começa com o pivô russo Timofey Mozgov. Sem contrato após conquistar o campeonato com o Cavs em 2016, Mozgov assinou com o Lakers por US$ 64 milhões em 4 anos. E o dinheiro gasto pela franquia de Los Angeles não demorou muito para bater o arrependimento nos dirigentes do Lakers. Na temporada passada, o pivô teve médias de 20 minutos por jogo e recebeu férias antecipadas. No final de tudo, o Lakers abriu mão dele e de D'Angelo Russell para trocá-lo por Brook Lopez.

- Luol Deng


Desde que saiu do Chicago Bulls, Luol Deng nunca mais foi aquele jogador que dava importância para uma equipe. Assim como Mozgov, recebeu férias antecipadas por ter uma temporada em uma equipe que acumulou derrota atrás de derrota depois de ir para os playoffs com o Heat em 2016 com um salário de US$ 72 milhões durante 4 anos. Já que os planos do Lakers mudaram (de colocar jogadores experientes em uma equipe jovem para contratar estrelas em 2018), o destino do ala deve ser o mesmo de Mozgov: ser trocado para uma equipe que possa aguentar um grande salário.

- Chandler Parsons


Dos tempos de ouro no Rockets à decadência no Grizzlies: Chandler Parsons é mais um dos jogadores que foram contratados por peso de ouro que não conseguiram render o esperado pelos torcedores. O ala quase foi para o Trail Blazers, mas a equipe de Portland teve sorte em deixá-lo ir para Memphis pelo salário de US$ 95 milhões durante quatro anos (quando foi criada uma discussão entre a franquia de Oregon, o ala e C.J. McCollum), já que, com várias lesões, participou em 34 partidas (menos da metade da temporada regular).

- Joakim Noah


Noah reconhece que ele não rendeu no Knicks do mesmo jeito que ele rendia no Bulls após ir para Nova Iorque com um salário de US$ 72 milhões durante 4 anos por conta de várias lesões e por vários problemas físicos e com o sentimento de que frutou Phil Jackson, que foi o responsável em trazê-lo para a Big Apple. Em uma participação do podcast Truth Barrell, Noah disse que "ele (Phil Jackson) me deu uma oportunidade de jogar na minha cidade natal. É alguém de quem li todos os livros quando criança, sempre fui um grande fã e ainda sou. Tenho muito respeito por ele. Não funcionou, e isso é uma droga. É uma coisa com a qual eu vou precisar conviver. Ele acreditou em mim e eu meio que o desapontei".

- Dwight Howard


Desde que saiu do Magic, Howard não consegue mais ser aquele jogador de peso para uma franquia. Desde que se transferiu para o Lakers, não conseguiu entrar em quadra do mesmo jeito que entrava em 2004 até 2012 pela franquia de Orlando. Disputou uma temporada com o Lakers e mais 3 em Houston, até parar na temporada passada no Atlanta Hawks por um contrato de US$ 70 milhões por 3 anos. Não rendendo o esperado, Howard foi trocado para o Hornets em troca de Marco Belinelli, Miles Plumlee e uma escolha de 2ª rodada do Draft junto com uma escolha de 1ª escolha do Draft, abrindo mão da melhor escolha para a transação, mostrando o desespero que a franquia queria em se desfazer dele.

- Allen Crabbe


O último jogador da lista acaba sendo Allen Crabbe. Mesmo tendo um alívio em não assinar com Chandler Parsons, o Blazers não teve a mesma sorte com Crabbe. Em 2016, recebeu uma oferta de US$ 75 milhões por 4 anos do Nets. Mas como era agente livre restrito, a franquia de Portland pode cobrir a oferta feita pela franquia de Brooklyn. Mesmo rendendo bem em quadra (arremessando mais e melhor na linha de 3 pontos), o Blazers se viu com um teto salarial maior do que o permitido pela NBA, tendo que pagar multa para a liga. Quando o Nets buscou novamente o ala, foi oferecido o contrato de Andrew Nicholson, com um salário muito menor do que o de Crabbe. O Blazers aceitou a proposta, e o problema com a folha salarial foi resolvido.