LeBron James critica proprietários de franquias da NFL

Astro do Los Angeles Lakers chamou donos dos times de "velhos homens brancos com mentalidade escravista". Foto: Adam Pantozzi/NBAE via Getty Images

O ala do Los Angeles Lakers LeBron James criticou nesta sexta-feira (21) os proprietários de franquias da NFL. O número 23 dos Lakers comparou os donos de times do campeonato de futebol americano dos Estados Unidos da América a “velhos homens brancos com mentalidade escravista”.
De acordo com Ben Golliver do The Washington Post, LeBron disse no programa The Shop, que conta com a participação do astro dos Lakers e alguns convidados, algumas diferenças que existem entre a NBA e a NFL, mostrando o nível de respeito imposto pelos atletas em cada liga. “Na NFL, eles fizeram com que vários homens brancos velhos comandassem equipes, criando uma mentalidade escravista. E alguma coisa do tipo ‘Esse time é meu. Ou você faz a m… que eu falar ou você tá fora’, criticou.
LeBron também aproveitou para parabenizar o trabalho do comissário da NBA, Adam Silver, dizendo que ele não se importa com a resposta do público com a liberdade ativista dos atletas. “Não importa se Adam (Silver) concorda com o que estamos fazendo, ele quer saber a nossa opinião pelo menos. No momento que realizamos alguma coisa de forma educativa e sem violência, ele fica muito bem com tudo”.
Na abertura do prêmio ESPYs de 2016, LeBron James, Dwyane Wade, Carmelo Anthony e Chris Paul para discursar sobre a violência nos Estados Unidos. Em dezembro de 2014, quando defendia o Cleveland Cavaliers, LeBron utilizou uma camiseta escrito I Can’t Breathe, fazendo alusão ao caso de Eric Garner, que foi enforcado até a morte por um policial em julho daquele ano. No terceiro jogo da pré-temporada dos Lakers, o astro da equipe usou uma camiseta escrito “Kaepernick”, demonstrando apoio ao quarterback Colin Kaepernick após comercial polêmico com o ex-jogador do San Francisco 49ers.
E Kaepernick não saiu do papo de LeBron James. O ala dos Lakers, que já defendeu o colega de Nike, saiu a favor do ex-quarterback dos 49ers após se envolver na polêmica de se ajoelhar no hino nacional para protestar contra a desumanidade da polícia americana. “Eu sou muito educado sobre o que eu acredito e não faço isso de forma violenta. Eu não bato na sua porta falando para você se ajoelhar junto comigo para não te colocar para fora. Mas as pessoas ficam loucas e não tem reação quando tudo é feito fora do comum”.

*A matéria foi originalmente feita por Guilherme Camargo para o portal The Playoffs.